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sábado, 2 de abril de 2011

PREGAÇÃO "AO AR LIVRE".

Recentimente, recebemos por hmail, palavras de fortalecimento quanto à pregação ao ar livre. O nosso amado irmão em Cristo, e Pr. Alcir Moreno, nos apresentou uma sinópse, do que pensam os grandes reformadores. Resolvemos, então, compartilhar com os amados o que foi-nos consedido.
C.H. Spurgeon

“O grande benefício da pregação ao ar livre é que consegue muitos novos frequentadores para ouvir o evangelho – que doutro modo jamais o ouviram. A ordem do evangelho é: ‘Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura’, mas é tão pouco obedecida, que se pode imaginar que seus termos são: ‘Ide ao vosso próprio local de culto e pregai o evangelho às poucas criaturas que entrarão ali’.
‘Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes’. Embora isso constitua parte de uma parábola, merece ser tomado literalmente e, fazendo assim, o seu significado será captado melhor. Devemos de fato ir às ruas, vielas e estradas, pois existem elementos furtivos nas valetas, vagabundos nas estradas, gente da rua e das vielas, que jamais atingiremos se não os procurarmos em seus próprios domínios. Os caçadores não devem ficar parados em casa esperando que as aves venham, e então alvejá-las. Tampouco devem os pescadores atirar as redes dentro dos seus barcos e esperar assim apanhar muitos peixes. Os negociantes vão os mercados, vão atrás dos seus fregueses e saem à procura de negócios, se estes não vêm a eles. Assim deve ser conosco. Alguns dos nossos irmãos ficam palrando sem parar em bancos vazios e a genuflexórios mofados, quando poderiam estar transmitindo duradouro benefício a centenas, se deixassem por um pouco as velhas paredes e procurassem pedras vivas para Jesus”. (C. H. Spurgeon em “Lições aos Meus Alunos” – Volume 1. 1ª Edição. São Paulo: PES, 2001. p. 98-99)
Comentário: Spurgeon reserva dois capítulos para tratar do assunto sobre Pregação ao Ar Livre. No primeiro capítulo ele faz uma abordagem histórica mostrando em que medida a pregação em ruas e praças foi usada em tempos pretéritos como uma ferramenta essencial para o avanço do Evangelho. Esse tipo de pregação, segundo ele, foi o que proporcionou à igreja protestante crescer na medida em que o Evangelho prosperava com poder. No capítulo seguinte o autor adiciona algumas notas sobre o assunto, e nesse momento ele defende arduamente a pregação em ambientes externos ao dos salões de culto, como fica patente nos parágrafos supracitado. A forma de Spurgeon desenvolver o assunto é fascinante.
A referência acima deve impulsionar a igreja reformada refletir sua situação atual, visto que sobre nós pesa a culpa por essa omissão denunciada pelo príncipe dos pregadores. Os ministros do Senhor se acomodaram em seus púlpitos e se esqueceram dos bancos das praças como potencias tribunas de onde se pode pregar as verdades da salvação; os mensageiros de Deus se acostumaram com a face interna da cobertura de suas igrejas e ignoraram que sob a abóbada estrelar existe um público que necessita da mensagem do evangelho. Devemos começar assim, reconhecendo nosso pecado, pois temos nos omitido e sobre nossas mãos há sangue em decorrência dessa falta. Mas isso é insuficiente, devemos sair pelas ruas e encruzilhadas. Devemos tomar o exemplo de Jesus, Paulo, e tantos outros, que poderiam se infiltrar nos templos e sinagogas de seus dias – e não negaram sua importância – mas perceberam um terreno fértil que estava além das paredes. Seja nossa luta pela tradição teológica dos reformados, mas seja também nossa luta pela práxis herdada dos calvinistas.

Pr. Alcir Moreno.

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