Para o louvor da glória de Deus.

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

IMPLANTAÇÃO DA IPB EM NOVA IPIXUNA-PA





IPB EM NOVA IPIXUNA
HISTÓRIA
No dia 27 de Janeiro de 2009, o então secretário presbiterial de evangelização e missões do Presbitério Leste da Transamazônica (PLTA), o missionário Gilson Ferreira de Souza, recebeu em sua residência, na cidade de Marabá-Pa, a visita do então presidente do presbitério (PLTA), Pr. Marthon Ary Mendes, que também exercia o pastorado na IPB em Jacundá-Pa. Durante esta visita, o pastor Marthon, propôs ao missionário Gilson a implantação de um trabalho na cidade de Nova Ipixuna-Pa, nas seguintes condições:
01 – O trabalho a ser implantado tem o apoio do IPB em Jacundá-Pa, por ser esta, uma região designada pelo presbitério à esta igreja.
02 – A implantação deste trabalho fica na responsabilidade da secretaria de evangelização e missões do PLTA.
03 – Fica definido que a IPB em Jacundá alugue um salão para cultos em Nova Ipixuna-Pa.
04 – Em comum acordo, o Pr. Marthon e o Missionário Gilson no mesmo dia, dirigem-se à cidade de Nova Ipixuna-Pa, localiza um salão na Rua:  Vai para o céu, nº 105, no Bairro Nova Canaã, aluga o mesmo e define o dia da abertura do trabalho (ponto de pregação), para 31 de Janeiro de 2009.
05 – Ainda no dia 27 de Janeiro de 2009, reúnem-se na cidade de Nova Ipixuna-Pa: O Pr. Marthon, O missionário Gilson e dois membros da igreja de Jacundá (Uerly Sales de Souza e Maria Sales de Souza, residentes em Nova Ipixuna), e define os dias que serão realizados os trabalhos no ponto de pregação. Ficam definidos os dias de Quinta Feira 19:30hs (Doutrina), Sábado 19:30hs (Evangelização), Domingo 9:00hs (EBD), Domingo 19:30hs (Culto Solene). Nesta reunião reafirma-se que o trabalho iniciará no Sábado dia 31 de Janeiro de 2009.
06 – No Sábado dia 31 é realizado o culto de gratidão a Deus, por ter E’le nos concedido esta bênção no Senhor. A igreja de Jacundá se faz representada com um bom número de irmãos bem como todo o conselho da referida igreja. O liturgo foi o missionário Gilson e o pregador foi o Pr. Marthon. A mensagem foi baseada em Mt. 28:18-20...
O TRABALHO
Pela graça, Deus nos sustentou no trabalho árduo e contínuo, os frutos não demoraram a chegar, pois pela ação do Espírito Santo éramos capacitados a continuar confiando que a palavra de Deus dá vida, e vidas foram conduzidas a Cristo por Deus.
ORGANIZAÇÃO EM CONGREGAÇÃO
No dia 07 de Setembro de 2010, com 08 (oito) membros comungantes e 04 (quatro) membros não-comungantes, foi realizado a organização em congregação. Com a deliberação do conselho da igreja (IPB em Jacundá-Pa), o Pr. Marthon declara que: O ponto de pregação em Nova Ipixuna, fica assim definido como: CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA (DA IPB DE JACUNDÁ) EM NOVA IPIXUNA.
Em Janeiro de 2011, a Congregação Presbiteriana em Nova Ipixuna, encaminha ao CPO (Centro para Preparação de Obreiros), na cidade de Tucuruí-Pa, o membro Uerly Sales de Souza, com o intuito de prepara-lo para assumir os trabalhos na congregação, visto que o secretário de evangelização e missões do PLTA (Missionário Gilson), foi convidado pela igreja de Marabá-Pa, para revitalização da congregação em Bom Jesus do Tocantins-Pa.
A partir do dia 01 de Janeiro de 2012, o evangelista Uerly Sales assume os trabalhos da Congregação Presbiteriana em Nova Ipixuna-Pa.
A história continua...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

FEDERAÇÃO DE UPHs DO PLTA
ATIVIDADES ANO2012
ABRIL - 28 e 29:
II – ENCONTRO DA CONFEDERAÇÃO SINODAL DE UPHs DO SÍNODO CARAJÁS
NA IPB EM MARABA – PARÁ
INÍCIO ÀS 19;30HS DO DIA 28
ENCERRAMENTO ÀS 12;00HS DO DIA 29
TEMA: HOMENS COMPROMETIDOS COM A EVANGELIZAÇÃO
PRELETOR: PR. JOSÉ CARLOS - DA 1ª IPB EM PARAUAPEBAS-PA




AGOSTO – 25 e 26:
IV – ENCONTRO DA FEDERAÇÃO DE UPHs DO PLTA
NA IPB EM JACUNDÁ – PARÁ
INÍCIO ÀS 19:30HS DO DIA 25
ENCERRAMENTO ÀS 12:00HS DO DIA 26
TEMA: DESPERTANDO O AMOR PELAS ALMAS PERDIDAS
PRELETOR:PR. DORISVAN FERREIRA - IPB MARABÁ-PA

OUTUBRO – 19, 20 E 21: 

III – ENCONTRO DAS FORÇAS DE INTEGRAÇÃO DO SÍNODO CARAJÁS
NA 1ª IPB EM PARAUAPEBAS – PARÁ
INÍCIO ÀS 19;30HS DO DIA 19
ENCERRAMENTO ÀS 12;00HS DIA21



NOVEMBRO 02 E 03:
V – CONGRESSO DA FEDERAÇÃO DE UPHs DO PLTA
NA IPB EM PACAJA – PARÁ
INÍCIO ÀS 14:00HS DO DIA 02
ENCERRAMENTO ÀS 22:00HS DO DIA 03
TEMA: HOMENS COMPROMETIDOS COM A EVANGELIZAÇÃO
PRELETOR: PR. RONALDO BARATA MACHADO - DA IPB EM PARAGOMINAS-PA

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

VAMOS APRENDER: "O QUE É NATAL?"

O Verdadeiro Espírito do Natal


A antiga revista Manchete, há muitas décadas, costumava publicar traduções semanais das colunas do jornalista-humorista Art Buchwald. Alguns anos atrás uma destas colunas foi intitulada: “Deve-se permitir, às igrejas, abrirem no dia do Natal?” Nela o autor descrevia um evento fictício no qual “um grupo de cidadãos se organizou para protestar a maneira como certas igrejas estão tentando transformar o Natal em um feriado religioso!

O porta-voz do grupo, inventado, presta então as seguintes declarações ao Art Buchwald, na suposta entrevista: — "Bastante dinheiro, tempo e propaganda foram colocados na preparação do Natal, para deixarmos que uma pequena minoria estrague o evento usando este dia para ir à igreja. Não somos contra igrejas,” diz o personagem fictício, “mas somos terminantemente contra estas igrejas permanecerem abertas no dia dedicado ao nosso faturamento...”

Apesar da crônica estar carregada de humor, é triste verificarmos a aproximação da história narrada com a nossa realidade. O Natal tem sido distorcido e seu verdadeiro espírito esquecido. Suas bases e origens foram relegadas a um segundo plano.

Anos atrás a revista Time publicou um artigo mostrando a diferença de ênfases na celebração de Natal existente entre os dias atuais e a prática de algumas décadas passadas. Diz a revista que antigamente se pensava, nesta época, no relacionamento do homem para com Deus; enquanto que agora, pensa-se em termos do relacionamento do homem para com os outros homens. O ponto focal da história de Natal foi esquecido e este fato é refletido nas decorações e “slogans” natalinos da atualidade. Que melhor exemplo para isto do que os cartões que dizem apenas: “Boas Festas!”

Em Gálatas 4.4,5 nós lemos: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para reunir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”. Este é o propósito real do Natal. As canções, a mercantilização e mesmo o sentimentalismo fora de Cristo, que são sinônimos desta estação, tendem a obscurecer o significado real deste dia.

O Natal é mais do que um tributo à infância ou às mães; é mais do que um curto espasmo de generosidade e de bondade; é mais do que um incentivo ao comércio e ao lucro; não é meramente uma ocasião para comidas e bebidas, festas e alegrias vazias. É possível nos envolvermos tanto com o papel, os invólucros, as fitas e os cordões, que chegamos a perder o presente real.

Deus, mandando o Seu Filho para redimir aqueles que estão sob a maldição do pecado—este é o verdadeiro milagre e o verdadeiro presente de Natal! Este é o verdadeiro espírito do Natal!

A Bíblia nos diz que o Natal é muito mais do que um congraçamento entre os “homens de boa vontade”, pois é, na realidade, “boa vontade para com os homens”, da parte de Deus. A celebração sem substância do Natal nulifica o seu verdadeiro espírito. Freqüentemente entoamos o hino natalino, “Cantai que o Salvador chegou!” Se esta canção está em nossos corações, a falta de esperança se transformará em alegria e o vazio será preenchido com vida. Não fará muita diferença se estivermos numa multidão ou sozinhos. A alegria do Senhor e as vozes dos seus anjos ressoarão em nossos corações. Isto é o que é o Natal.

Solano Portela.

"NATAL" - CELEBRAR OU NÃO?

Calvino Contra o Natal?

Cristãos Contra o Natal!

Como bem observou o Augustus, em seu último post, o impossível está acontecendo: temos um movimento crescente de “Cristãos Contra o Natal”! A chamada “festa máxima da cristandade” está sob ataque cerrado de vários flancos e desta vez a luta é interna! Multiplicam-se os textos e os posicionamentos não apenas contra as características eminentemente comerciais do feriado (esse viés sempre foi um legítimo campo de batalha dos cristãos), mas somos alertados que o Natal não é nada mais do que um feriado pagão assimilado pela igreja medieval, e que persiste no campo evangélico apenas por desconhecimento do seu histórico. Essa origem, além da exploração comercial, inviabilizaria a sua observância religiosa pelos cristãos sendo fútil a tentativa de se resgatar o conceito abrigado no desgastado chavão do “verdadeiro sentido do Natal” (postei algo sobre isso em 20 de dezembro de 2005).

A literatura já nos brindou com alguns exemplos de personagens que não gostavam do Natal. Temos Charles Dickens, no livro Um Conto de Natal (teria sido melhor traduzido como “Um Cântico de Natal”),[1] trazendo a história de Ebenezer Scrooge, durante um período de festividades natalinas. Scrooge era um homem rico, não ligava para ninguém; desprezava as crianças pobres; era avarento e egoísta. Teve, entretanto, um sonho no qual empobrece, modificando sua atitude para com a data. A mensagem de Dickens é que a “essência” do Natal conseguiu derreter aquele coração endurecido. Outro personagem famoso é o Grinch – da pena do escritor Dr. Seuss, que publicava seus contos em rimas. Ele escreveu Como Grinch Roubou o Natal,[2] que virou, anos atrás, um filme com o ator Jim Carey. A história retrata Grinch como uma criatura mal-humorada que tem o coração bem pequeno. Ele odeia o Natal – pois não consegue ver ninguém demonstrando felicidade – e planeja roubar todos os presentes e ornamentos para impedir a celebração do evento em uma aldeia perto de sua moradia. Para seu espanto, a celebração ocorre de qualquer maneira. A mensagem de Seuss é que a “essência” do Natal não estava nos presentes ou nos ornamentos – transcendia tudo isso.

Obviamente os “Cristãos Contra o Natal” não têm relação com qualquer desses personagens, ou com aquele outro, registrado nas páginas das Escrituras Sagradas, que também odiou o Natal – o Rei Herodes,[3] mas parece que está virando moda termos cristãos contra o Natal. Além das razões relacionadas com as origens e da distorção comercial já mencionada, temos cristãos que apresentam algumas razões teológicas firmadas em suas convicções do que seria ou não apropriado ao culto e celebrações na Igreja de Cristo.

Cristãos Reformados Contra o Natal!
No campo reformado, principalmente entre presbiterianos e batistas históricos, os argumentos contra o Natal são ampliados com uma veia histórica. Pretende-se provar que a verdadeira teologia da reforma e, principalmente, os reformadores e seus seguidores próximos, foram avessos à celebração do Natal. Argumenta-se que a celebração do Natal fere o “princípio regulador do culto”, defendido pela ala reformada da igreja. Conseqüentemente, se desejamos ser seguidores da reforma, teríamos que, coerentemente, rejeitar a celebração desta data. Nessa linha de entendimento, muitos artigos têm sido escritos[4] presumindo uma linha uniforme de pensamento nos teólogos reformados e correntes denominacionais reformadas no que diz respeito à rejeição da comemoração do Natal. Normalmente, também, o raciocínio se estende a outras datas celebradas no seio da cristandade, tais como a páscoa, que seriam igualmente condenáveis no calendário cristão. Por vezes, a defesa apaixonada deste ponto de vista tem resultado em dissensões e desarmonia no seio da igreja, ou de demonstração de um espírito de superioridade espiritual e auto-justiça, com críticas mordazes e ferinas aos que não se convenceram do embasamento teológico, histórico ou bíblico para a rejeição.

Deixando de lado a questão das origens – se elas têm a força de determinar a correção de uma observância religiosa – o que seria um ensaio à parte, será que a opinião dos reformadores foi sempre uniforme com relação à celebração do Natal e de outras datas importantes ao cristianismo? Será que houve sempre tanta harmonia assim, nas denominações reformadas, com relação à rejeição da comemoração do Natal resultando nessa tradição monolítica? Será que Calvino, realmente, se posicionou contra o Natal? Será que procede o que me escreveu uma vez um irmão reformado, dizendo que a rejeição do Natal seria “coerente com a fé cristã bíblica e reformada, principalmente com a posição presbiteriana histórica, a partir de Calvino e Knox”?

Calvino Contra o Natal?
A primeira coisa que temos a observar é que essa hipotética concordância entre Calvino e Knox não existiu. Nem há uma visão monolítica, sobre a questão, no seio reformado histórico, como muitos pretendem transmitir. Aquele irmão, em sua carta, desafiava: “por favor cite uma fonte primaria de onde Calvino aprova o Natal ou recomenda o mesmo”.

Bom, se é isso que vai ajudar, vamos a ela: uma das fontes primárias é uma carta de Calvino ao pastor da cidade de Berna, Jean Haller, de 2 de janeiro de 1551 (Selected Works of John Calvin: Tracts and Letters, editadas por Jules Bonnet, traduzida para o inglês por David Constable; Grand Rapids: Baker Book House, 1983, 454 páginas; reprodução de Letters of John Calvin (Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, 1858). Nela, Calvino escreveu: “Priusquam urbem unquam ingrederer, nullae prorsus erant feriae praeter diem Dominicum. Ex quo sum revocatus hoc temperamentum quae sivi, ut Christi natalis celebraretur”.

Para alguns, isso bastaria para resolver a questão, mas para o resto de nós – entre os quais me incluo, a versão ao vernáculo é necessária. Possivelmente, uma tradução razoável para o português, seria (agradecimentos ao Rev. Elias Medeiros): “Antes da minha chamada à cidade, eles não tinham nenhuma festa exceto no dia do Senhor. Desde então eu tenho procurado moderação afim de que o nascimento de Cristo seja celebrado”.

Uma outra carta, de março de 1555, para os Magistrados (Seigneurs) de Berna, que aderentemente eram contra a celebração do Natal, diz o seguinte: “Quanto ao restante, meus escritos testemunham os meus sentimentos nesses pontos, pois neles declaro que uma igreja não deve ser desprezada ou condenada porque observa mais festivais do que outras. A recente abolição de dias de festas resultou apenas no seguinte: não se passa um ano sem que haja algum tipo de briga e discussão; o povo estava dividido ao ponto de desembainharem as suas espadas” (mesma fonte). No contexto, Calvino parece indicar que os oficiais que haviam abolido a celebração tinham boas intenções de eliminar a idolatria (vamos nos lembrar da situação histórica), mas parece igualmente claro que ele indica que, se a definição estivesse em suas mãos teria agido de forma diferente.

Historicamente, Knox e a igreja a Igreja Escocesa seguiram a opinião dos oficiais de Genebra. Ou seja, em seu contexto histórico de se dissociar de tudo que era catolicismo, reforçou a abolição das festividades, nas igrejas. Mas não esqueçamos que ele também rejeitou instrumentos musicais, cânticos, e várias outras formas de adoração – os “Reformados Contra o Natal” estão dispostos a segui-lo em tudo, como parâmetro infalível?

Ocorre que Calvino é sempre apontado como uma força instigadora e radical, na gestão de Genebra. Na realidade, entretanto, ele agiu, em muitos casos (como no incidente de Serveto) como um pólo de moderação e encaminhamento, mas nem sempre sua opinião prevaleceu. O governo de Genebra era conciliar e fazia valer a visão da maioria. Por exemplo, o Rev. Hérmisten Maia Pereira da Costa aponta que a persuasão de Calvino era a de que a Santa Ceia devia ser celebrada semanalmente, enquanto que nas cidades de Berna e Genebra, no máximo era celebrada quatro vezes por ano. Calvino deu até o que poderíamos chamar de um “jeitinho reformado” ou de um “jogo de cintura” notável. Hérmisten cita: “Calvino procurou atenuar a severidade destes decretos fazendo arranjos para que as datas da comunhão variassem em cada igreja da cidade, provendo assim oportunidade para a comunhão mais freqüente do povo, que podia comungar em uma igreja vizinha” [William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 140-141] Costume este que se tornou comum na Escócia. [Cf. William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 141].

Hérmisten aponta também que em Genebra os magistrados determinaram que a Ceia fosse celebrada no Natal, na Páscoa, no Pentecostes e na Festa das Colheitas [Vd. John Calvin, “To the Seigneurs of Berne”, John Calvin Collection, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 1998), nº 395, p. 163. Vd. também: William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 141]. A conclusão óbvia é a citada pelo Hérmisten: “As cinco festas da Igreja Reformada eram: Natal, Sexta-Feira Santa, Páscoa, Assunção e Pentecostes” (Cf. Charles W. Baird, A Liturgia Reformada: Ensaio histórico, p. 28)]. Podemos dizer que não havia, na essência da questão, celebração do Natal, em Genebra?

A suposta unidade monolítica e histórica dos reformados, sobre esta questão das celebrações de festividades do chamado “calendário cristão” é mais um mito do que verdade. Ousaríamos rotular o Sínodo de Dordrecht (Dordt) de “não reformado” – justamente de onde extraímos os Cinco Pontos do Calvinismo (em 1618)? Pois bem, em 1578, temos a seguinte decisão: “... considerando que outros dias festivos são observados pela autoridade do governo, como o Natal e o dia seguinte, o dia seguinte à Páscoa, e o dia seguinte ao de Pentecostes, e, em alguns lugares, o Dia de Ano Novo e o Dia da Ascensão, os ministros deverão empregar toda a diligência para prepararem sermões nos quais eles, especificamente, ensinarão a congregação as questões relacionadas com o nascimento e ressurreição de Cristo, o envio do Espírito Santo, e outros artigos de fé direcionados a impedir a ociosidade”. Assim, as igrejas reformadas procedentes do ramo holandês comemoram várias dessas datas até em dose dupla (incluindo o dia seguinte). Augustus mencionou não somente este trecho, mas adicionou a admissão dessa visão na Confissão de Fé de Westminster (Cap. 21) e na Confissão Helvética (XXIV). Não ve, igualmente, dano na celebração do Natal, um outro ícone reformado, Turretin (1623-1687)[5]. Ou seja, a rejeição do Natal, atualmente “ressuscitada”, não tem o respaldo histórico-teológico que pretende ter.

Obviamente todos esses referenciais históricos são importantes, mas o que firma a nossa convicção é a Palavra de Deus e nela aprendemos que a questão das origens não determina a propriedade, ou não, de uma coisa ou situação, mas sim a atitude de fé do utilizante. Isso pode ser extraído de um estudo de 1 Coríntios 8.1-13; ou examinando como os artefatos e itens preciosos, surrupiados pelos Israelitas dos Egípcios (imediatamente antes do Êxodo), muitos dos quais com certeza utilizados em cultos e festividades pagãs, foram utilizados em consagração total (e sem restrições) no Tabernáculo (Ex 35 a 39). Das Escrituras, podemos inferir, possivelmente, que Jesus participou de celebrações de festividades que não procediam das determinações explícitas da Lei Mosaica, mas que refletiam ocorrências históricas importantes na história do Povo de Deus – como as festas de Purim[6] e Hanucah[7] – deixando implícita a propriedade dessas celebrações, como algo que, provém “de fé”, não sendo, portanto, pecado. Romanos 14 e 15 trazem considerações sobre tais questões, demonstrando a necessidade da consciência pura, ao lado da preocupação com os irmãos na fé, para que procuremos “as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua”. É lá igualmente que lemos (14.15): “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias; cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente”. Se Deus decidiu não disciplinar condenatoriamente a questão, não o façamos nós.

Sola Portela.

"NATAL"

É legítima a comemoração do Natal?

O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onda entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:
1. A distorção do Natal. Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.
2. A proibição do Natal. Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
3. A celebração do Natal. O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

Hernandes Dias Lopes.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ESCOLA PRESBITERIANA DE MÚSICA DÓ-RÉ-MÍ.

No dia 10 de dezembro de 2011, a IPB em Nova Ipixuna - Pará, ofereceu a Deus, um culto de ação de graças, por mais um ano de trabalho e de bençãos alcançadas no decorrer de todo o ano. O pregador foi o Pr. Dorisvan Ferreira da IPB Nova Vida em Marabá-Pa. O texto da exposição bíblica foi Efésios Cap. 1 vs. 3-14 > 3) Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de benção espiritual nas regiões celestial em Cristo,
4) assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5) nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6) para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no amado, 7) no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8) que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, 9) desvendando-nos o mistério da
sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,
10) de fazer convergir nele, na dispensação da prenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; 11) nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12) afim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13) em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;
14) o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
Exposição:
O Olhar de Paulo: Nesse texto, Paulo está olhando para a eternidade contemplando a obra do Deus Eterno e diz que esse Deus deve ser bendito por tudo o que ele é e por tudo o que Ele, de eternidade a eternidade, fez a nosso favor. Essa carta é um dos escritos mais preciosos que temos do apóstolo Paulo. É conhecida como Epístola da prisão: No capítulo 3 versículo 1 ele mesmo se intitula de “prisioneiro de Cristo por amor aos gentios...”.
 

A fundação da Igreja: Foi Paulo quem fundou essa Igreja.

a.   A IDENTIDADE DO AUTOR (v.1): “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus”. Escrevendo aos Gálatas no capítulo 1.1, Paulo diz que ele é “apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai...”. 2 Coríntios 5.20: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio.”
b.   A IDENTIDADE DA IGREJA (v.1): “aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus”. Há quatro palavras de identificação dos crentes para os quais Paulo este escrevendo: “santos, fiéis e vivem.”
c.    Paulo fala da obra da Trindade na redenção dos eleitos: olhe ai para esses versos de 3 a 14:
a.  Do verso 4 ao versículo 6 Paulo fala da obra do Pai. Paulo está olhando para a eternidade passada e fala da obra que Deus, Pai, realizou a nosso favor na eternidade. E ele termina com a frase para louvor da glória de sua graça”.
b.  Dos versos 7 a 12 ele mostra a obra do Filho. Ele pinta o quadro histórico da obra sacrificial que Cristo realizou por nós no chão do planeta terra. Não mais na eternidade, mas na história. E termina novamente com a frase: a fim de sermos para louvor da sua glória”.
c.  Finalmente, os versos 13 e 14 mostram a obra do Espírito Santo. Ele olha para a obra do Espírito Santo em nós e a consumação desta obra na eternidade futura. E ele conclui dizendo: “em louvor da sua glória.”
Cada estrofe dessas termina com essa repetição: “para o louvor da sua glória”. E em cada uma dessas estrofes Paulo está enfatizando a ação da Trindade em nossa redenção.
· Aplicação: o projeto da Redenção tem um ponto ômega de convergência: a glória do Deus Todo Poderoso. Tudo tem de convergir para a glória de Deus. A finalidade última da história cósmica é a Glória de Deus. Isso me lembra a primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster: Qual é o fim principal do Homem? R: Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.


Vejamos:
I.    A OBRA DE DEUS PAI NA REDENÇÃO DOS ELEITOS (v.4-6):
Há duas coisas aqui que quero frisar:
a) A PRIMEIRA OBRA DE DEUS QUE PAULO APRESENTA É A PREDESTINAÇÃO OU A ELEIÇÃO (v.4-5):
1.  O AUTOR DA ELEIÇÃO É DEUS, O PAI:assim como nos escolheu, nele...”
Aplicação
1.  O processo de tornar-se um cristão implica uma decisão, que antes de ser nossa, é uma decisão de Deus.
2.  Aprendemos também que é Deus, em seu amor, quem procura os pecadores.
3.  Aprendemos também que a igreja consiste dos escolhidos de Deus.
2.  O FUNDAMENTO DA ELEIÇÃO É JESUS CRISTO (v.4):assim como nos escolheu, nele...”
Aplicação:
1.  A eleição não anula a obra de Cristo.
2.  A mediação de Cristo derrota definitivamente toda arrogância e auto-afirmação humana diante de Deus.

Aplicação: 3.  A ELEIÇÃO FOI FEITA NA ETERNIDADE (v.4): assim como nos escolheu, nele antes da fundação do mundo”.
1.  O Criador de todos os mundos, antes de criar todas as coisas, se importou conosco e nos predestinou para a salvação.
2.  Paulo está mostrando para a igreja em Éfeso que o povo de Deus foi eternamente contemplado por Ele.

4.  A FINALIDADE DA ELEIÇÃO (v.4): para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”.
5.  A FONTE DA PREDESTINAÇÃO (v.4b e 5a): e em amor nos predestinou para ele”. A pergunta a ser feita aqui é: “o que levou o Criador dos céus e da terra a agir de maneira graciosa para com a raça humana caída e engolida pelo pecado?”

6.  A INCONDICIONALIDADE DA ELEIÇÃO (v.5): A eleição é incondicional. 
Aplicação:
1.  Paulo está nos ensinando aqui que Deus não nos escolheu porque previu que iríamos crê, ou porque viu algo de interessante em cada um de nós.

7.  O FIM ÚLTIMO E PRINCIPAL DA ELEIÇÃO É A GLÓRIA DE DEUS (v.6): “Para louvor da glória de sua graça”.

2.    EM SEGUNDO LUGAR, A SEGUNDA OBRA DO PAI QUE PAULO NOS MOSTRA É A ADOÇÃO DE FILHOS (v. 5):e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos”.
 

II.   EM SEGUNDO LUGAR, PAULO NOS APRESENTA A OBRA DO FILHO A NOSSO FAVOR (v.6b-12):
1.  A PRIMEIRA COISA QUE PAULO DIZ É QUE O FILHO NOS REDIMIU E PERDOOU NOSSOS PECADOS (v.7): “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.
b.   Primeiro, Paulo afirma que em Cristo temos a redenção.
c.    Em segundo lugar, Paulo fala que em Cristo temos a Remissão dos pecados (v.7):
d.   Terceiro lugar, Paulo diz que a redenção e a remissão só foram possíveis por causa da riqueza da graça de Deus manifestadas no sacrifício expiatório de Cristo na Cruz (v.7):

2. SEGUNDO LUGAR, EM CRISTO, DEUS NOS REVELOU O PLANO MISTERIOSO DO COSMOS E DE TODA A HISTÓRIA HUMANA (VV. 9-10):
a.   Primeiramente, Paulo afirma aqui que, Deus tem um plano eterno:
b.   Segundo lugar Paulo afirma que Deus, não apenas tem um plano eterno guardado em silêncio, mas que Ele fez esse segredo conhecido:
c.    Terceiro lugar, Paulo mostra o que esse mistério tem a ver com a história do universo (v.10):
Aplicação:
a)  Aprendemos com isso que O grande propósito da obra da redenção é reconduzir todas as coisas para debaixo da autoridade de Cristo.
b)  Aprendemos também que é só por meio de Jesus Cristo que o homem entende o rumo da vida e da história.
III. Aprendemos também que, Para os cristãos, a morte de Cristo na Cruz é o acontecimento mais importante da história das gerações humanas.

IV.TERCEIRO LUGAR, PAULO DIZ QUE EM CRISTO FOMOS FEITOS HERDEIROS DE DEUS (11-12): “nele, digo, no qual fomos também feitos herança...”

V.  PAULO ENCERRA ESSA SEGUNDA PARTE MOSTRANDO O FIM ÚLTIMO E PRINCIPAL DA OBRA DE CRISTO (v.12): “a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo”.

VI.FINALMENTE, VEJAMOS A OBRA DO ESPÍRITO SANTO A NOSSO FAVOR (vv. 13-14):
a) Primeiramente, ele faz um breve resumo de como se dá o processo de salvação.
No que diz respeito a obra do Espírito Santo, há duas coisas que Paulo mostra aqui:
1.  Primeiramente, Paulo diz que, quando cremos fomos selados: fostes selados com o Santo Espírito da promessa”. 

2.    EM SEGUNDO LUGAR, PAULO DIZ QUE O ESPÍRITO NOS FOI DADO COMO PENHOR DA NOSSA HERANÇA (v. 14):

A palavra “penhor” era um termo usado no vocabulário comercial. O termo arrabōn era a primeira parcela de um pagamento.
a)  Mas, ele também fala do tempo, ou até quando o Espírito atuará como essa garantia:até ao resgate da sua propriedade...”
b)  Finalmente, Paulo termina falando da finalidade última de todas as coisas: “Em louvor da sua glória.”
 
CONCLUSÃO
Pr. Dorisvan Ferreira.
Quero concluir citando o Catecismo de Heidelberg, pergunta 1: Qual é o seu único conforto tanto na vida como na morte?
R: “meu único conforto tanto na vida como na morte é que eu, como corpo e alma, tanto na vida como na morte não pertenço a mim mesmo, mas pertenço a meu Fiel Salvador Jesus Cristo, que com seu precioso sangue fez plena satisfação por todos os meus pecados e me livrou de todo o poder do diabo. Me guarda de tal maneira que, sem a vontade de meu Pai celestial, nem um só cabelo pode cair da minha cabeça; sim, que todas as coisas sejam subservientes à minha salvação. Por isso também, através de seu Espírito, me assegura da vida eterna e me prontifica e me faz querer sinceramente viver para Ele.”

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Ev. Gilson Ferreira
Agradecemos a Deus, por ter Ele, sustentado todos os colaboradores que manteram financeiramente esta escola durante o ano de 2011, todas essas ações foram para o louvor da glória de Deus.

"DEUS SEJA LOUVADO".